quarta-feira, 20 de abril de 2011

História do Açucar no Brasil


História do Açúcar no Brasil

Na formação do Brasil, uma cultura que hoje se estende por todo o território teve papel essencial: a cana-de-açúcar. Foi a única atividade produtiva que sobreviveu do primarismo da empresa agrícola colonial à economia escravista e desta à sofisticada exploração industrial.

Circunscrita, inicialmente, à região Norte-Nordeste, essa atividade agrícola teve papel marcante na formação do novo País e na da personalidade do homem brasileiro durante todo o período de formação do Brasil como Nação.

Enfrentou, no curso de sua história, crises cíclicas comuns à atividade setorial em escala mundial, mas sempre ressurgiu, mostrando a vitalidade de um setor que subsiste no País durante mais de quatrocentos anos e que ainda hoje responde pela maior porção da economia de vários Estados Nordestinos.

Mantendo a tradição, a produção canavieira do Brasil, até 1939, concentrava-se no Nordeste. Em São Paulo, a produção cafeeira mantinha seus alicerces, apesar dos reflexos da crise de 1929. Mas o Estado já procurava uma cultura extensiva que sucedesse a do café, em marcha acelerada para o Norte do Paraná, que tinha terras virgens aptas às exigências de seu cultivo.

Antevendo essa possibilidade, homens de visão ligados à lavoura canavieira de São Paulo – tendo à frente Pedro Ometto e seus irmãos – sentiam que havia uma vocação canavieira latente no Estado e uma possibilidade de aproveitamento das terras que iriam sobrar da migração da cultura cafeeira.

É nesse cenário que os irmãos Pedro e José Ometto, com o apoio de Mario Dedini e José Bassinello, adquirem, no ano de 1943, a Fazenda Pau D’Alho, no vale do Rio Tietê, município de Barra Bonita. O objetivo era implantar ali uma nova usina de açúcar, que viria a se chamar “Usina da Barra”.

Mais de 50 anos depois dessa nova explosão, a indústria da cana-de-açúcar ainda é o setor que emprega maior quantidade de mão-de-obra em todo o País, além de manter infra-estrutura de benefícios sociais superior à maioria das atividades criadoras de emprego conhecidas. Como geradora de divisas é, possivelmente, a maior, somando-se as receitas do açúcar, álcool e do melaço exportados.

Perla Vasconcelos

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